O Espírito Santo se despede de um nome que ajudou a construir parte significativa da história do transporte rodoviário no Brasil. Faleceu na manhã desta segunda-feira (9), aos 69 anos, o empresário Camilo Cola Filho, carinhosamente conhecido como Camilinho. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde fazia tratamento contra uma leucemia. 151s2l
Filho adotivo de Camilo Cola (1923–2021), fundador da Viação Itapemirim, e de Ignês Massad Cola (falecida em 2009), Camilinho integrou a segunda geração de uma das famílias mais tradicionais do setor de transportes nacional. O grupo, nascido no coração do Espírito Santo, expandiu-se ao longo das décadas e se tornou sinônimo de pioneirismo e desenvolvimento no modal rodoviário.
Luto e homenagens
A notícia de sua morte reverberou com pesar entre autoridades, amigos e iradores da família Cola. Em nota, o deputado federal Evair de Melo prestou solidariedade:
“Camilinho, assim como seu pai, Camilo Cola, sempre foi um entusiasta do nosso mandato. O legado da Família Cola para o Espírito Santo é imensurável e digno de todas as honrarias. Em nome da filha Andréia Cola, me solidarizo com todos os colaboradores, familiares e amigos.”
Nas redes sociais, o prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Theodorico Ferraço, também expressou tristeza:
“Recebemos com tristeza a notícia do falecimento de Camilo, filho do saudoso Camilo Cola. Aos familiares e amigos, nossos sentimentos e orações neste momento de dor.”
O sepultamento de Camilinho será realizado nesta terça-feira (10), às 15h, na Fazenda Pindobas, em Venda Nova do Imigrante, cidade natal da família. O local, cercado por memória e afeto, receberá familiares, amigos e iradores para o último adeus.
Um nome ligado ao progresso capixaba
Camilinho seguiu os os do pai em muitas frentes e manteve laços estreitos com os negócios da família. Mesmo com o ar dos anos e as transformações do setor de transporte, ele sempre preservou o orgulho pelas origens e pela contribuição da Viação Itapemirim ao crescimento do Espírito Santo.
Discreto, mas profundamente envolvido com as raízes familiares, sua trajetória foi marcada pelo respeito às tradições e pelo carinho com a memória do patriarca Camilo Cola — nome que se confunde com a própria história do desenvolvimento regional.
Legado que resiste ao tempo
A morte de Camilinho encerra mais um capítulo da saga de uma das famílias empresariais mais emblemáticas do país. A Viação Itapemirim, criada nos anos 1950, transformou-se em ícone nacional, conhecida por seus ônibus amarelos e por integrar milhares de brasileiros por meio das estradas. Um legado que continua a ecoar, mesmo após os desafios enfrentados pela companhia nos últimos anos.
No silêncio que marca a despedida, fica o reconhecimento por uma história que transcende a biografia individual. Com a morte de Camilinho, o Espírito Santo perde mais do que um empresário: perde um elo entre ado, presente e futuro de sua própria identidade econômica e cultural.
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