A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (5) a Operação Sea Chest, que investiga um esquema internacional de tráfico de drogas com ramificações no Espírito Santo. A ação é voltada ao combate ao tráfico internacional, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com alvos nos municípios de Vila Velha e Viana. 61715c
Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de três celulares e uma arma de fogo, que serão analisados por perícia técnica. As investigações apontam que o Espírito Santo estava sendo utilizado como ponto estratégico para o envio de drogas aos continentes europeu e africano por meio dos portos capixabas.
Compartimento secreto nos navios 75m6l
O nome da operação faz referência ao chamado sea chest, compartimento técnico presente abaixo da linha d’água dos navios, responsável pela captação de água do mar para sistemas de resfriamento e outras funções da embarcação. Segundo a Polícia Federal, criminosos utilizavam esse espaço para esconder cargas de entorpecentes, inseridas por mergulhadores especializados antes da partida dos navios.
O esquema, que envolvia traficantes do Guarujá (SP), recrutava pequenos traficantes e mergulhadores no Espírito Santo. Eles eram responsáveis por contaminar os navios antes da viagem. No destino, outros mergulhadores já estavam posicionados para retirar a droga do compartimento submerso.
Crimes e penas 61123f
Os investigados poderão responder por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultraar 35 anos de prisão, além de multas.
A operação lança luz sobre uma nova frente de atuação do crime organizado, que aposta em estratégias subaquáticas sofisticadas para driblar a fiscalização portuária e manter o fluxo internacional de entorpecentes.
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Combate ao tráfico e cooperação internacional 193n11
A PF reforça que ações como a Sea Chest integram uma linha de atuação voltada à cooperação internacional, especialmente com países que fazem parte da rota da droga. Os celulares e demais materiais apreendidos podem abrir novas frentes de investigação, além de ampliar o mapeamento da organização criminosa.
“O uso de tecnologias e estruturas navais mostra o alto nível de organização e ousadia desses grupos. A atuação da Polícia Federal é essencial para desarticular esses esquemas e proteger nossas fronteiras marítimas”, avalia um especialista em segurança portuária ouvido pela reportagem.
A Revista Conexão segue acompanhando os desdobramentos da operação.
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