Revista Conexão 71655k

Sabado, 14 de Junho de 2025
 Campanha 490anos Vila Velha
 Campanha 490anos Vila Velha

Justiça 106p56

Garnier nega envolvimento em trama golpista: "me ative à minha função" 1n6z5s

Ex-comandante da Marinha foi interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes no segundo dia de arguições no STF. 571gk

Conexão ES Redação
Por Conexão ES Redação
Garnier nega envolvimento em trama golpista:
© Gustavo Moreno/STF
IMPRIMIR
Espaço para a comunicação de erros nesta postagem 7r3z
Máximo 600 caracteres.

6n5i1m

O ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, afirmou que ateve-se ao seu papel institucional ao participar de reuniões no Palácio do Planalto, nas quais o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro teria discutido o resultado das eleições presidenciais de 2022 e um suposto plano de golpe de Estado com os então chefes das Forças Armadas e integrantes da equipe de governo.

“A Marinha é extremamente hierarquizada. Seguimos bem à risca o estatuto dos militares, que diz que a um subordinado é dado apenas o direito de pedir, por escrito, uma ordem que ele receba e considere flagrantemente ilegal", disse Garnier nesta terça-feira (10), ao ministro Alexandre de Moraes, no segundo dia de interrogatórios do Núcleo 1 da trama golpista.

"Eu era comandante da Marinha. Não era assessor político do presidente. E me ative ao meu papel institucional.” 

Publicidade

Leia Também:

Denunciado por suspeita de colaboração com a suposta trama golpista, Garnier negou as acusações que a Procuradoria-Geral da República (PGR) lhe atribui – dentre elas, a intenção de mobilizar o efetivo da Marinha em apoio a qualquer iniciativa que buscasse impedir o candidato eleito Luiz Inácio Lula da Silva de tomar posse em 1º de janeiro de 2023.  

Alexandre de Moraes interroga réus do Núcleo 1 na ação da trama golpista - Gustavo Moreno/STF

“Como é normal nas minhas atitudes, eu me atenho às minhas funções e responsabilidades”, acrescentou Garnier, negando que, durante a reunião ocorrida em 7 de dezembro de 2022, Bolsonaro tenha aventado qualquer hipótese de ruptura autoritária do processo democrático.

“Havia vários assuntos [em pauta]. Entre eles, a preocupação do presidente [com a segurança pública]. E que também era nossa [preocupação]. Com as inúmeras pessoas que estavam insatisfeitas e que se posicionavam em frente aos quartéis do Exército, o que poderia trazer alguma dificuldade para a segurança pública – até porque não se sabia muito bem para onde iria aquele movimento”, destacou Garnier.

Segundo o almirante, além do próprio Bolsonaro, participaram do encontro de 7 de dezembro o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio, e o então comandante do Exército, general Freire Gomes, além de assessores presidenciais, como o então ajudante de ordens, Mauro Cid..

Ainda de acordo com Garnier, foram apresentados alguns tópicos e considerações acerca da possibilidade de decretação de uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem), mas nenhuma minuta ou documento que conferisse alguma legalidade à proposta.

“Eu não vi nenhuma minuta. Não recebi nenhum documento, nenhum papel. Vi uma apresentação na tela de um computador. Lembro que o conteúdo dizia respeito à pressão popular nas ruas, considerando que havia insatisfação, pessoas nas portas dos quartéis e alguma coisa de caminhoneiros. Também havia algumas considerações acerca do processo eleitoral. Talvez, alguma coisa ligada à forma como as questões eleitorais aconteceram. Mas não me lembro dos detalhes”, disse Garnier. 

Ele negou ter dito, na ocasião, que as tropas da Força Aérea Brasileira (FAB) estariam à disposição de Bolsonaro, conforme o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Baptista Júnior contou em depoimento à PF.

“Não houve deliberações. E o presidente não abriu a palavra para nós”, assegurou Garnier, insistindo que, durante a reunião, Bolsonaro não falou em golpe de Estado.

“Ele fez algumas considerações e manifestou o que me pareceu serem preocupações e análises de possibilidades - e não uma ideia ou intenção de conduzir as coisas em uma certa direção. A única que percebi e que me era tangível e importante era a preocupação com a segurança pública, para a qual, a GLO é um instrumento adequado, dentro de certos parâmetros.”

 

FONTE/CRÉDITOS: Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil
Comentários: 512w15
GAP CAFÉ
GAP CAFÉ
SHELL
SHELL

Crie sua conta e confira as vantagens do Portal 40k28

Você pode ler matérias exclusivas, anunciar classificados e muito mais! 2e4l2m

Envie sua mensagem, estaremos respondendo assim que possível ; )