Uma tragédia abalou a cidade de Rio Verde de Mato Grosso (MS) na noite desta sexta-feira (13). Uma criança de apenas dois anos de idade pegou a arma do pai, uma pistola calibre 9 milímetros, e, de forma acidental, atirou contra a própria mãe, Deborah Rodrigues Monteiro, de 27 anos. A vítima foi atingida no braço e no tórax, chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. b243g
O caso aconteceu por volta das 19h40, na varanda da residência da família, localizada no bairro Barra Verde. Imagens de uma câmera de segurança instaladas no local registraram o momento exato da tragédia. O vídeo mostra os pais sentados, enquanto a criança, ao alcançar o armamento que estava em cima de uma mesa, começa a manuseá-lo. Poucos segundos depois, o disparo é efetuado.
📹 As imagens da tragédia
Nas gravações, é possível ver o desespero imediato da família. Após ser atingida, a mãe levanta-se assustada, o filho corre em direção a ela e a abraça. Em seguida, ela tenta correr, mas cai no chão. O pai da criança recolhe a arma e tenta socorrê-la, levando-a para o hospital da cidade. Apesar dos esforços da equipe médica, Deborah não resistiu.
🔎 Investigação e responsabilização
De acordo com a Polícia Civil, o pai da criança, um produtor rural, possui porte legal para o armamento. Mesmo assim, ele responderá por homicídio culposo — quando não há intenção de matar — e também por omissão de cautela na guarda de arma de fogo, crime previsto no Estatuto do Desarmamento.
O delegado responsável pelo caso afirmou que o vídeo das câmeras de segurança será fundamental para esclarecer as circunstâncias do ocorrido e para a condução do inquérito. Na residência, além da pistola Glock calibre 9x19mm, foram apreendidas outras munições e órios relacionados à arma.
👶 Situação da criança
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, junto ao Conselho Tutelar, acompanha o caso. Um laudo psicossocial será produzido para avaliar se a criança continuará sob os cuidados do pai ou se outras medidas protetivas serão adotadas.
📢 Repercussão nacional
O caso reacendeu, em nível nacional, o debate sobre a guarda responsável de armas de fogo em residências. Especialistas em segurança alertam que, mesmo com porte legal, manter armas ao alcance de crianças representa risco iminente de acidentes fatais.
A Polícia Civil segue com as investigações para apurar eventuais outras responsabilidades.
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